divórcio ou casamento eterno?...

2006-02-22

Prioridades

Enquanto os intelectuais e alguns cidadãos europeus analisam profundamente o direito à liberdade de expressão, há pessoas, irmãos nossos, que em África morrem de fome, de fome a sério, de falta de pão e de falta de água.
A ONG Oxfam relata mortes por desidratação, já que há pessoas que são obrigadas a percorrer 70 quilómetros (70 000 metros), debaixo de temperaturas a rondar os 40º C para conseguirem água potável. À FAO bastariam 15,6 milhões de euros para salvar o gado e manter as famílias a viver em zonas atingidas pela seca na Etiópia. O Quénia precisa de 230 milhões de euros para evitar que 3,5 milhões de pessoas morram de fome, incluindo 500 mil crianças. Esta verba é equivalente à que os agricultores do Norte recebem em cada 4 horas que estão acordados, através de protocolos tipo PAC!!!!
Enquanto discutimos o direito à liberdade (absoluta?!) de expressão calamo-nos perante o que se passa nas prisões de Guantânamo e outras, não só praticando torturas inadmissíveis mas até negando os direitos mínimos reconhecidos em qualquer democracia, mesmo nos Estados Unidos.
Será que não podemos fazer realmente nada por estes irmãos nossos? Por que é a opinião pública tão pouco sensível a estas mortes e as estas violações da justiça? Será que há mortes de segunda e de terceira, fruto de fatalismos históricos que ninguém quer evitar, e mortes de primeira, as que acontecem onde vivem cidadãos ocidentais?

1 Comentários:

Blogger Ver para crer disse...

Esse é o grande problema do nosso tempo.
Há dias perguntava-me uma senhora de idade como é que se explica que haja tanta fome no mundo. Não querem trabalhar, não semeiam?!...
E lá lhe tive que explicar que muita gente não tem terra porque viram outros que se apoderaram de tudo, ou teve de fugir por causa da guerra, etc.,etc..
Creio que ela não ficou de todo convencida habituada como está a viver no campo, onde tem as suas terras e uma pensão.
Em Portugal as coisas melhoraram, noutros países nunca estiveram piores.
Há, de facto, pessoas de primeira e de segunda. E outras que não contam.
Um abraço e bom carnaval com saúde e graça de Deus!

25/2/06 14:01

 

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