Jejum do automóvel
A Quaresma foi sempre considerada um tempo de renovação e renúncia interior e exterior. Uma das manifestações mais frequentes é o jejum.
Não se trata de nenhuma invenção cristã. Todas as religiões o praticavam: juntamente com os sacrifícios e as oferendas, o jejum tinha como obejctivo atrair os favores divinos.
Dentro do cristianismo, o conceito de jejum foi sofrendo algumas variações. Inicialmente, o jejum era um exercício de partilha:
No dia em que jejuares apenas tomarás pão e água. Calcularás quanto custa a comida que costumas tomar nesse dia e entregá-lo-ás à viúva, ao órfão e ao necessitado. E humilhar-te-ás de modo que quem tomar da tua humilhação sacie a sua alma e reze por ti ao Senhor (Hermas, Pastor, comparação V) .
Depois interiorizou-se e tornou-se um exercício de mortificação e de domínio do corpo.
Mais tarde de algum modo "comercializou-se" o jejum trocando-o por uma certa quantia de dinheiro.
Neste contexto, é muito oportuna a proposta do cardeal Lehman, presidente da Conferência Episcopal Alemã: "Aproveitemos o período da Quaresma para contribuir para a melhoria do clima, por exemplo, fazendo o jejum do automóvel".
É muito estimulante vermos da parte de um bispo esta atenção "tão atenta" ao mundo de hoje e a capacidade criativa de nos desafiar a viver a nossa fé no contexto real do mundo em que vivemos.
1 Comentários:
imagino entao que um passeio de carro ate a Suica esteja adiado por algum tempo... uma pena... mas uma boa ideia.
Um abraco,
Ze Pedro
9/3/07 10:29
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