O medo ou a esperança
Há meio ano atrás, quase todos pensavam que Hillary Clinton, com todo o peso da família e da sua “capacidade e experiência” venceria facilmente as primárias.
Pelo meio, calmamente, intrometeu-se o desconhecido Obama, que, pouco a pouco se foi impondo e angariando apoios “inesperados”.
Muitas terão sido as causas, nomeadamente o discurso de mudança em que Obama sempre insistiu. Mas talvez o mais importante tenha sido apontado por Jonathan Alter que “escreveu na Newsweek que "todas as eleições americanas se podem resumir à escolha entre o factor medo e o factor esperança e que a vitória não depende apenas da qualidade dos concorrentes mas do estado de espírito do país. Hillary jogou no factor medo. Bill tinha sido o candidato from hope” (Teresa de Sousa).
Se assim foi, estão de parabéns os americanos, porque nenhuma sociedade se pode construir com base no medo; a esperança é que comanda a vida.
O futuro a curto prazo dará duas indicações preciosas: a capacidade de liderança de Obama que conta um partido partido ao meio e a qualidade moral e cívica de Hillary.
P.S. De qualquer modo, Obama já alcançou uma grande vitória por que é preto. Tal como Hillary se tivesse ganho, porque é mulher. Nisso, a jovem nação americana de pouco mais de 200 anos deu cartas à velha nação de quase 900 anos, que é Portugal: só na semana passada elegemos uma mukher para presidir a partido político
0 Comentários:
Enviar um comentário
<< Home