As pequenas solidariedades
Tenho ouvido na Antena 1 o “noticionário regional” (não me recordo agora do nome) que se segue ao nacional das 13 horas
E é muito gratificante ouvir e saber que a solidariedade está a acontecer por todo o lado, repartida de acordo com as disponibilidades locais.
Eu acredito e venho insistindo nisto: que muitos “pequenos” (porque não dão para abrir os telejornais) grandes (porque sempre envolvem pessoas, que existem realmente, que sofrem realmente, que desesperam realmente, que por vezes caem no desânimo porque não sentem a solidariedade “pequena” dos que estão perto deles) problemas se podem ir resolvendo desde que as comunidades locais se envolvam seriamente, os assumam como seus e procurem com seriedade soluções para eles.
Nestas comunidades locais cabem as câmaras, as juntas de freguesias, as organizações culturais e recreativas e sobretudo as comunidades religiosas.
O importante é não assobiar para o lado e fazer de conta que não vemos. Por pouco que se faça (e às vezes é preciso fazer tão pouco!) é sempre um estímulo, é sempre dizer ao outro que o consideramos, que ele continua a ser uma pessoa com capacidades e limitações e que todos juntos podemos encontrar soluções para os desafios e as dificuldades que vão surgindo a cada um.
Não se trata de dar uma esmola ou de ”fazer caridade”. Trata-se de dar um apoio honesto, desinteressado, de modo que ninguém se sinta humilhado.
Neste tempo de crise, são estes gestos que vão salvar muita gente, sobretudo gente que não estava habituada a precisar de ser salva.
Daí a delicadeza, o cuidado e o respeito por quem está em dificuldades: fazê-lo sentir-se em pé de igualdade connosco é um exercício nem sempre fácil, mas indispensável.
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