divórcio ou casamento eterno?...

2009-03-27

NOVOS MODELOS DE VIDA

Como prometi ontem, aqui deixo o texto dos Bispos franceses que tanto me marcou. Foi escrito pelo Conselho Permanente, em 22.Set.1982, com o título"Pour de nouveaux modes de vie. Déclaration sur le conjoncture économique et sociale".
Se fosse escrito hoje, poucas alterações haveria que introduzir.
E este texto tem quase 27 anos.
Mas quem quer saber de soluções e propostas sensatas!? Sobretudo quando vêm pôr em causa o nosso estilo de vida egoísta, hedonista, consumista, "salve-se quem puder"...

O espírito do Evangelho não se acomoda a qualquer comportamento individual ou colectivo. No caso presente a demagogia, o corporativismo, as múltiplas maneiras egoístas de “lavar daí as mãos”... contradizem as exigências da fé.
Neste espírito evangélico de reconciliação e partilha, convidamos as comunidades cristãs a interrogarem-se sobre a qualidade da solidariedade humana vivida pelos seus membros. Chamar-lhes-emos especialmente a atenção para alguns pontos. Estas propostas são exigentes, realistas e fonte de esperança. Nem todas se dirigem a todos: a cada um ou a cada grupo compete ver as que mais lhe dizem respeito e aprofundá-las.
- Enquanto que alguns casais beneficiam de acumulação de salários mais do que suficientes, a renúncia total ou parcial a um deles, o do marido ou o da mulher, facilitaria a distribuição do trabalho.
- Em certos casais, quando os filhos já estão educados e as despesas diminuem, poderia pensar-se na reforma antecipada.
- Parece-nos que não foi ainda suficientemente explorada a possibilidade do emprego a tempo parcial, pelo menos em certas épocas da vida familiar.
- As inscrições no fundo de desemprego serão todas plenamente justificáveis?
- Os que actualmente podem colocar dinheiro devem fazê-lo em função da sua utilidade social e não apenas da rentabilidade financeira.
- Excepto para os mais desfavorecidos, a defesa do nível de vida não é hoje em dia o objectivo mais urgente.
- É justo que todos os profissionais, assalariados ou não, participem no financiamento da protecção social.
- A dissimulação e as fraudes fiscais e parafiscais são contrárias à solidariedade indispensável.
- O mecanismo de aumentos de salários são legítimos para assegurar o necessário aos menos favorecidos; mas estender este processo sem discernimento a toda a hierarquia profissional, aumenta muitas vezes, as desigualdades.
- O leque actual dos ordenados parece longe de corresponder ao trabalho e aos serviços prestados.

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