DIreito à ALIMENTAÇÃO
Hoje é o Dia Mundial da Alimentação.
Para a maior parte de nós, a alimentação é um acto tão banal que não nos apercebemos da sua importância nem cuidamos da sua gestão equilibrada.
No entanto, vivem hoje no mundo 854 milhões de pessoas que passam fome e desnutrição: este número dava para povoar 85 Portugais e ainda sobravam uns trocos.
Também entre nós, há muitas dezenas de milhares de pessoas que passam fome.
Como é possível que haja pessoas a passar fome hoje, nos começos do século XXI? Que organização social temos nós que deixa morrer tantas pessoas à fome? Esta gente está tão fraca que nem forças têm para pedir pão e a aplicação dos seus direitos humanos básicos.
Segundo a presidente do Banco Alimentar, 216 mil pessoas beneficiaram, no ano passado, da ajuda alimentar através de 1200 organizações de solidariedade social.
E andamos nós os fartos a fazer manifestações e greves para não perder privilégios imorais que distorcem ainda mais a justiça social.
O Concílio na sua lista sumária de direitos humanos coloca a alimentação em primeiro lugar:
Cresce ao mesmo tempo a consciência da eminente dignidade da pessoa humana, superior a todas as coisas e cujos direitos e deveres são universais e invioláveis. É pois necessário tornar acessível ao homem tudo aquilo de que este tem necessidade para levar uma vida verdadeiramente humana, como é a alimentação, o vestuário, a habitação, o direito de escolher livremente o seu estado de vida e de fundar uma família, direito à educação, ao trabalho, à reputação, ao respeito, a uma informação adequada, a actuar segundo a recta norma da sua consciência, à protecção da vida privada e a uma justa liberdade, inclusivamente em matéria religiosa (Constituição “A Igreja no mundo contemporâneo”, Gaudium et Spes, 26).
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