Bento XVI aos Bispos portugueses
Só apareço hoje porque andei estes dias ocupado com uma festinha à minha filha que fez o seu doutoramento. Foram tempos de muita alegria e bastante "distracção".
Como todos falam do puxão de orelhas do Papa aos bispos, eu diria que se houve puxão de orelhas foi a todos os católicos portugueses, naturalmente a começar pelos bispos.
Aliás o que o Papa disse não foi certamente novidade para ninguém:
1) O próprio Papa recorda os relatórios que recebeu e foi deles que desdacou este facto;
2) Todos nós sabemos, pelo menos difusamente, que a participação na Igreja em termos conciliares á fraca para não dizer menos.
Com certeza que foi muito importante que o Papa tenha falado na necessidade de reorganizar a Igreja e de cada um ocupar o seu lugar (e isto exige muita conversão para todos!).
Contudo, o mais importante é saber o que vai agora a Igreja portuguesa (nós todos: bispos, padres, leigos, religiosos; dioceses, paróquias e movimentos; secretariados e outros serviços pastorais) fazer. Que prioridades vai estabelecer? Que dinâmica vai criar? Porque é mais ou emnos sabido o que está mal, o que não queremos ou não sabemos é aplicar o remédio.
Mas o facto de ser o Papa a dizê-lo introduz um factor muito poderoso de urgência e de credibilidade que falta às vozes que se têm levantado. Agora já não são uns quaisquer marginais da pastoral; agora foi o Papa que o proclamou e o urgiu.
Assim a gente siaba responder.
Mas, tenho algum receio que passados uns dias já todos nos tenhmso esquecido. Até porque, só uma perguntinha inocente, quantos de nós leram o discurso do Papa?
Vivemos no tempo do efémero, do passageiro, do usar e deitar fora. E isto também se aplica às palavras sensatas e às críticas fundamentadas...
Para recordar o Concílio, mais uma citação:
Um só é, pois, o Povo de Deus: um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo; comum é a dignidade dos membros, pela regeneração em Cristo; comum a graça de filhos, comum a vocação à perfeição; uma só salvação, uma só esperança e uma caridade indivisa. Nenhuma desigualdade, portanto, em Cristo e na Igreja, por motivo de raça ou de nação, de condição social ou de sexo, porque não há judeu nem grego, escravo nem homem livre, homem nem mulher: com efeito, em Cristo Jesus, todos vós sois um (LG 32).
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