AInda o ambiente
El País informa que está pronto o rascunho do IV Relatório de avaliação (AR4) preparado pelos peritos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), organismo científico de Nações Unidas que recebeu este ano o Prémio Nobel da Paz, juntamente com Al Gore. Concluem que, mesmo que agora se tomem medidas eficazes contra a mudança climática, há já um dano cujas consequências são irreparáveisa, faça-se o que se fizer: será maior o risco de escassez de água e secas nalgumas regiões tropicais e subtropicais; serão inundadas costas devido à subida do nível do mar; perder-se-ão colónias de corais e muitas espécies sofrerão graves alterações, ou mesmo extinção.
Apesar destes dados, há ainda uns brincalhões fazedores de opinião pública que tudo fazem para desconsiderar quem se preocupa com estes problemas gravíssimas não só para nós como sobretudo para os nossos filhos e netos. Não sei se esses que afirmam que o homem não tem quaisquer responsabilidades nesta violação sistemática da natureza têm filhos e netos ou não. Mas se os têm, não se pode dizer que gostem muito deles ou estejam muito preocupados com o seu futuro.
Este egoísmo generacional é um dos maiores obstáculos a uma luta séria e eficaz contra as mudanças climáticas, já que nem sequer o amor pelos filhos e netos parece ter qualquer efeito dissuasor sobre as suas atitudes.
Para não deixar esquecer o Concílio Vaticano II, aí vai mais uma citação:
Dada a interdependência cada vez mais estreita e a sua progressiva difusão por todo o universo, o bem comum, ou seja, o conjunto de condições da vida social que permitem, quer aos grupos, quer a cada um dos seus membros, atingir a sua própria perfeição de um modo mais total e mais fácil, toma hoje uma extensão mais universal e implica, por isso, direitos e deveres que dizem respeito a todo o género humano (GS 26)
0 Comentários:
Enviar um comentário
<< Home