Tempo para o bom senso
No meio de tanta crise a todos os níveis, agudizaram-se as relações entre professores e ministério.
Não era nada que não se esperasse, mas parece-me que quem menos é considerado nesta situação são os alunos, que deviam ser o critério absoluto e primeiro.
Vivemos uma realidade em que as posições se extremaram tanto que receio que o diálogo seja muito difícil, se não mesmo impossível, a menos que todos parem para pensar um pouco e ganharem folgo para uma pequenina dose de bom senso e uma grande consideração para com os alunos.
Nós e o futuro do nosso país precisamos urgentemente de uma escola moderna que tenha e crie condições para ensinar e ensinar bem e de modo actualizado. E aqui a responsabilidade é de todos especialmente do ministério e dos professores. Há mudanças profundas a fazer, mas que devem ser feitas com a colaboração de todos. Ao ministério exige-se que não queira fazer tudo e rapidamente, sem ouvir nem "preparar" ninguém, impondo regras e mais regras sem ter na devida conta a reacção dos interessados. É que, por muito boas que sejam as soluções, elas só podem funcionar com a colaboração e o apoio convicto dos professores. E isso exige muito diálogo e capacidade de cedências mútuas. Dos professores espera-se que compreendam que não podem continuar com os mesmos hábitos e com os mesmos métodos que mantinham há anos.
O pior é que as mudanças de mentalidade e de hábitos acarretam sempre alguns aspectos dolorosos.
Resta saber se um futuro e um ensino melhor para os nossos filhos serão um incentivo suficiente para o ministério e para os professores superarem esses momentos mais desagradáveis.
Seja ou não, será sempre um esclarecedor teste aos objectivos de cada um.
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