divórcio ou casamento eterno?...

2008-12-03

Ambulância doente

O nosso país, sobretudo nas regiões do Centro e do Norte ficou coberto de neve. Espectáculo lindo sobretudo para os citadinos mais jovens e até para os mais velhos, que passaram os primeiros anos nas suas aldeias do interior onde a neve nunca faltava.
Linda para os olhos, ela levanta dificuldades para uma sociedade com grande mobilidade e modernos meios de transporte.
Para limitar algumas dessas dificuldades foram sendo inventadas respostas “técnicas” que ajudam os automóveis e sobretudo os automobilistas pouco habituados a estas andanças a poder deslocar-se com alguma segurança.
Segundo notícias de ontem, uma senhora escorregou nas ruas geladas da sua aldeia próximo de Castro Daire e partiu um braço, tendo necessidade de se deslocar ao hospital. A ambulância foi chamada, mas não conseguiu entrar na aldeia nem sequer manobrar de modo a poder de lá sair. Valeu o jipe dos bombeiros que a rebocaram até ela poder deslocar-se autonomamente.
Mas o mais inaceitável é que os bombeiros de Castro Daire têm uma ambulância todo o terreno, certamente a contar com situações destas. Contudo, está parada, há quase ano e meio, à espera de autorização para ser arranjada.
Não é possível que o atraso seja devido a algumas centenas de euros que o arranjo possa custar, até porque se não for arranjada a tempo, as centenas de euros de agora vão converter-se em muitos milhares para adquirir uma ambulância nova.
Não sei de quem é a culpa desta burocracia idiota: se do governo, se dos responsáveis nacionais ou regionais dos bombeiros, se da Câmara, se dos próprios munícipes. Não fundo, é de todos.
“Vigiai”, vigiemos todos para que estas coisas não aconteçam. Pequenos problemas que até localmente se podiam facilmente resolver perdem-se em grandes burocracias nacionais, regionais ou locais e quem fica mal servido é sempre o bem comum, isto é, o bem das pessoas, critério supremo do serviço público.
Ficar de braços cruzados é o pior que pode acontecer nestes casos. E casos destes existem certamente aos milhares po0r esse país fora.
Se não fôssemos um povo de “encostados ao poder”, alguém já teria tomado uma iniciativa eficaz para resolver este "pequeno" problema, nem que fosse pressionando com persistência, mobilizando a opinião pública, pedindo ajudas aos poderes locais ou aos próprios cidadãos, os grandes beneficiários deste serviço.
Mas nós só pensamos nos nossos direitos e esquecemo-nos dos nossos deveres como cidadãos. Deveres que podem não constar da Constituição mas são necessários a um eficaz funcionamento da sociedade e a um são relacionamento entre todos.

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