1º de Maio
Hoje não é dia de festa. É antes dia de lembranças e denúncias.
E de esperança.
Lembrar os que têm emprego precário e mal pago.
Lembrar os que trabalham e não recebem.
Lamentar que os sindicatos estejam mais preocupados com os seus associados do que com os outros trabalhadores.
Lamentar que os que têm trabalho e os próprios sindicatos não se lembrem dos que não têm trabalho.
Lamentar que não haja suficiente solidariedade entre os que têm trabalho “a mais” e os que não têm trabalho.
Lamentar que haja patrões que fecham a empresa só porque lhes apetece e sem qualquer respeito por quem os ajudou a ser o que são.
Lamentar que o Governo não exija um fácil acesso ao crédito par as PME.
Lamentar que o Governo não pague, e a tempo e horas, as enormes dívidas que estão a sufocar e a acabar com tantas PME.
Lamentar que a sociedade local não se empenhe na resolução de problemas tão “pequenos” à escala de esforço comunitário e tanto grandes à escala de quem os sofre.
Lamentar que sejamos, de um geral, um país de corporativismos fundamentalistas.
Lamentar que dentro da mesma “corporação” não haja suficiente solidariedade e os mais privilegiados se esqueçam dos que têm mais dificuldades.
Lembrar que o “emprego para toda a vida” acabou.
Lembrar que a Escola devia dar ferramentas e preparar para várias saídas.
Lembrar que um pouco de criatividade e de coragem para arriscar da parte dos cidadãos pode ajudar a resolver ou minimizar muitos dos seus problemas.
Lembrar que o Estado não é um poço sem fundo que deve resolver todos os nosos problemas individuais ou grupais.
Lembrar que depois da tempestade vem a bonança.
Esperar que o próximo 1º de Maio seja uma verdadeira festa vivida por todos.
Esperar que a pessoa deixe de ser considerada por alguns como uma simples mercadoria.
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