A hora (ou o ora) dos cidadãos (2)
Somos um país de extremos e exageros.
Ora surgem loas e palmas exageradas à acção do governo, ora caímos da depressão de que a crise é ão profunda que não temos salvação.
Ambas as atitudes são desastrosas pois apontam mais para o triunfalismo alienante ou para o desespero parilizante do que para um estímulo são à tarefa de reconstrução da sociedade numa contínua resposta aos desafios que cada viragem da história nos coloca.
Também aqui a opção é entre a hora dos cidadãos ou o "ora o que posso eu fazer perante a enormidade das questões".
Este desabafo, além de fatalista, esconde outro erro: a questão não é o que posso eu fazer, mas o que podemos nós, todos nós, fazer.
E para que o desânimo não nos invada demasiado é bom não deixarmos que sejam apenas os economistas a falar. Hoje neste país tudo se mede por números como se esses fossem os únicos indicadores seguros da nossa situação. Onde está contabilizado tanto trabalho voluntário, tanta dedicação de servidores públicos, tanta capacidade humana que corre o risco de ser desaproveitada, porque não é fácil contabilizá-la em euros? Não haverá vida para lá do défice?
Também aqui os cidadãos têm uma tarefa fundamental que passa por várias atitudes: uma particular atenção aos comportamentos e decisões do governo, até porque se trata de um governo maioritário, o que é sempre uma tentação para não ouvir os outros; mas também um compromisso sério na mudança de atitudes: uma verdadeira solidariedade entre todos, para que todos e especialmente os mais favorecidos "paguem mais a crise"; um espírito mais sóbrio nos nossos gastos, recusando os enormes desperdícios que todos fazemos; uma capacidade de viver de acordo com as nossas posses; um adequado aproveitamentoe e rentabilização das nossas energias nacionais.
Também aqui a opção é entre a hora da conversão e da mudança de atitudes ou o "ora, os outros que mudem!"
Ora surgem loas e palmas exageradas à acção do governo, ora caímos da depressão de que a crise é ão profunda que não temos salvação.
Ambas as atitudes são desastrosas pois apontam mais para o triunfalismo alienante ou para o desespero parilizante do que para um estímulo são à tarefa de reconstrução da sociedade numa contínua resposta aos desafios que cada viragem da história nos coloca.
Também aqui a opção é entre a hora dos cidadãos ou o "ora o que posso eu fazer perante a enormidade das questões".
Este desabafo, além de fatalista, esconde outro erro: a questão não é o que posso eu fazer, mas o que podemos nós, todos nós, fazer.
E para que o desânimo não nos invada demasiado é bom não deixarmos que sejam apenas os economistas a falar. Hoje neste país tudo se mede por números como se esses fossem os únicos indicadores seguros da nossa situação. Onde está contabilizado tanto trabalho voluntário, tanta dedicação de servidores públicos, tanta capacidade humana que corre o risco de ser desaproveitada, porque não é fácil contabilizá-la em euros? Não haverá vida para lá do défice?
Também aqui os cidadãos têm uma tarefa fundamental que passa por várias atitudes: uma particular atenção aos comportamentos e decisões do governo, até porque se trata de um governo maioritário, o que é sempre uma tentação para não ouvir os outros; mas também um compromisso sério na mudança de atitudes: uma verdadeira solidariedade entre todos, para que todos e especialmente os mais favorecidos "paguem mais a crise"; um espírito mais sóbrio nos nossos gastos, recusando os enormes desperdícios que todos fazemos; uma capacidade de viver de acordo com as nossas posses; um adequado aproveitamentoe e rentabilização das nossas energias nacionais.
Também aqui a opção é entre a hora da conversão e da mudança de atitudes ou o "ora, os outros que mudem!"